A Comunicaçâo Sindical diz respeito ao trabalho de comunicação desenvolvido pelas organizações sindicais junto aos trabalhadores que elas representam e também junto à sociedade como um todo.
Pode-se incluir, também, sob esta designação a comunicação posta em prática pelas associações de trabalhadores, como, por exemplo, a associação dos docentes ou as que representam os funcionários de uma empresa etc.
Na prática, a comunicação sindical atua nestas duas vertentes, buscando sensibilizar (melhor talvez seja dizer mobilizar) os trabalhadores para a defesa dos seus direitos e repercutindo suas lutas e conquistas junto aos diversos públicos (empresários, classe política, jornalistas e formadores de opinião etc).
O Brasil tem uma larga tradição na área da Comunicação Sindical, destacando-se, sobretudo, nas últimas décadas, a experiência e a competência comunicacional de alguns sindicatos, especialmente os dos bancários, dos metalúrgicos e dos petroleiros.
O jornalismo sindical ou operário desempenhou papel fundamental na vida política brasileira e sua história tem sido contada recentemente pelo esforço de pesquisadores das nossas principais universidades.
A literatura sobre Comunicação Sindical ainda é incipiente. Entretanto, temos bons artigos sobre o tema.
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As pautas do Jornalismo Sindical incluem a cobertura de eventos (greves, campanhas salariais, demissões, negociações com patrões, festas do sindicato), as instituições que geram produtos e fatos (sindicatos, centrais sindicais, empresas, ONGs), as políticas públicas para a área (leis trabalhistas, regulamentações sobre as atividades do setor profissional do sindicato, decisões judiciais que afetem a profissão) e o dia-a-dia do setor.
Jornais sindicais, em geral, servem como veículo de propaganda e manifestações abertamente politizadas dos trabalhadores que os editam e, raramente, têm preocupação com imparcialidade editorial.
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes do Jornalismo Sindical são divididas entre protagonistas (sindicalistas e patrões), autoridades (ministro e secretários do Trabalho, da Previdência, Justiça Trabalhista), especialistas (consultores) e usuários (profissionais sindicalizados).
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Referências bibliográficas:
BARROS FILHO, Clóvis de. Ética na comunicação: da informação ao receptor. São Paulo: Moderna, 1995.
GENRO FILHO (A.). O segredo da pirâmide. Para uma teoria marxista do jornalismo. Porto Alegre: Ortiz editora, 1989.
GIANNOTTI, Vito. O que é jornalismo sindical?. São Paulo: Brasiliense, 1998.
MARQUES DE MELO (J.). A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1994.
SANTIAGO, Claudia; GIANNOTTI, Vito. Teoria e Prática da Comunicação Sindical.
Programa de Formação da CNTE/APP - Sindicato. Curitiba - PR, 2008.
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Veja mais:
Jornalistas, pra quê? Militância sindical e o drama da identidade profissional. Por Marco Antônio Roxo da Silva, tese de doutorado. UFF, 2007.
Comunicação no meio sindical: a atuação do Núcleo Piratininga de Comunicação. por Paula Villela - Jornalista
O Final do Século e as Novas Possibilidades da Comunicação Sindical por Cosette Castro - Bolsista da Capes, Mestranda em Comunicação na PUC/RS e professora de Jornalismo na Unisinos. Especialista em Educação Popular.
O jornalismo de informação sindical no Brasil: atores, práticas e estratégias de produção jornalística. Por Vladimir Caleffi Araujo -
Mestre e Doutor em Ciências da Informação e da Comunicação pela Universidade Panthéon-Assas-Paris II/ Institut Français de Presse-IFP. Este texto é uma apresentação resumida de alguns dos pontos abordados na tese de doutoramento em Ciência da Informação e da Comunicação, 2003.
COMUNICAÇÃO SINDICAL: Professor defende uso estratégico Entrevista por Najla Passos
2 comentários:
Bom dia, gostaria que me ajudassem muito nesta matéria de comunicação ou jornalismo sindical. Eu sou formado em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane de Moçambique. Actualmente trabalho como Assessor de Comunicação na maior organização dos trabalhadores do país. Entretanto, agradecia a quem pode me facultar material de estudo de comunicação com abordagem mais sindical. Podem ser documentos em formato electrónico que poderão ser enviados para o seguinte endereço: feitolasjournalism@gmail.como ou jornalismo sindical. Eu sou formado em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane de Moçambique. Actualmente trabalho como Assessor de Comunicação na maior organização dos trabalhadores do país. Entretanto, agradecia a quem pode me facultar material de estudo de comunicação com abordagem mais sindical. Podem ser documentos em formato electrónico que poderão ser enviados para o seguinte endereço: feitolasjournalism@gmail.com
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